Viajei e deixei esta postagem programada para entrar no dia 14/02/20,
às 00:30h. O Blogger não publicou! Não gostei!
Hoje, dia 14 de fevereiro de 2020, eu e marido comemoramos 50 anos de casamento.
Estamos muito felizes, por chegar até aqui (e queremos muito mais).
Uma vida de amor, carinho, compreensão, sacrifícios (sim, a vida não é um mar de rosas sem espinhos) ... Abrir mão de alguns pequenos sonhos, que são pequenos perto do grande de ficarmos juntos ... Querer sempre o bem estar um do outro ... Cuidar na saúde e nas doenças, grandes ou pequenas ... Ter o prazer de viver, dividir alegrias e tristezas ... Sentir o calor especial um do outro, um olhar cúmplice, risadas discretas ou escancaradas, dividir problemas e solucionarmos juntos, estar vinte e quatro horas por dia, mesmo que às vezes só em pensamento, atrair com um olhar, um sorriso, um gesto ... Enxugar uma lágrima ou prantos, dar o ombro com sinceridade, querer que seu par não sofra e procurar amenizar as abruras da vida...
Ah! Tantas pequenas ou grandes atitudes que somem sempre e que multipliquem a nossa boa convivência, nossa querência em estarmos sempre juntos...
Materialmente temos o suficiente para vivermos confortavelmente e agradecidos por termos conseguido.
Para nós "ser é mais importante que ter"
São tantos e tantos sentimentos, palavras e ações ...
Um pouquinho da nossa linda história:
nos conhecemos no início de nossas adolescências com idades iguais, entre briguinhas bobas de ciúmes, de sentimento de posse, éramos quase crianças vivendo um romance, que queríamos que durasse para sempre, sabíamos desde aquela época.
Os anos foram passando e nós cada vez mais ligados um no outro. Curtindo tudo que podíamos no dia a dia.
Compromissos com os estudos, os empregos, mas sempre "agarrados", como diziam os parentes e amigos. Achavam um exagero, mas nós queríamos sempre mais.
Na época não existia internet e eram poucas famílias que tinham telefones fixos.
Então era o "olho no olho" mesmo, contato físico, palavras ditas e ouvidas, ao vivo e a cores.
E a vida seguia seu rumo ...
Muitos anos se passaram, veio o noivado surpresa (chorei tanto que ele pensou que eu não queria rsrs).
Pouco depois, nosso casamento.
Dizíamos sempre que seriam nossos 500 anos.
Sempre vivendo um para o outro, ciúmes agora quem sentia eram parentes e amigos, diziam que éramos dependentes um do outro. Nem nos importávamos, éramos mesmo dependentes daquele belo amor, difícil de encontrar, estratosférico, além do mar, das estrelas, da compreensão do mundo.
Tivemos a coroação maior, com a chegada do nosso filho.
Éramos sempre nós três, mãe, pai e filho.
E nunca deixamos de ser marido e mulher para sermos só pais.
Filho amorosamente criado, "dono do seu nariz" bateu asas e aprendeu a voar. Literalmente voou para longe, para o outro lado do mundo. Nos deu uma neta, que hoje está com 9 anos, linda, meiga, forte, inteligente, esperta ... Obrigada filho por este presente maravilhoso, sem igual!
Saudades? Demais da conta, mas respeitamos a vontade deles, escolheram como viver. Assim como nós, seus pais e avós escolhemos a nossa.
Agora, na era da Internet, virtualmente nos vemos e nos falamos sempre. E nos abraçamos e curtimos ao vivo e à cores, eles vindo aqui e nós indo lá, nas férias (não todo ano, mas sempre que podemos).
E nós, seus pais continuamos juntos e tendo a felicidade de estarmos, os dois, apaixonados como sempre tivemos.
Hoje, completamos 50 anos de casamento, só de casamento, porque de amor e convivência temos muito mais (o tempo passa e agora somos os que chamam de idosos), nossas vidas jamais se separarão, não por nossa vontade, até quando Deus quiser.
Não vamos ter uma festa, não queremos, faremos o que sempre fizemos, passear, comemorar juntos e curtindo a vida a dois.
E fico por aqui, futuramente contarei mais um pouquinho de nossa vivência.
"Aproveite cada dia para viver a vida que você escolheu e nunca a vida que os outros querem que você viva."
"Viver não é esperar a tempestade passar. É aprender a dançar na chuva."
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. (Charles Chaplin)
Uma curiosidade:
Só viemos a saber que o Valentine's Day era dia dos namorados, em alguns países (inclusive Austrália), muitos anos depois que nos casamos. Feliz coincidência!
Obs: estou deixando esta postagem programada, estarei passeando por aí.