Oi Pessoal!
Começa a 0 h de 19/10/2014 e termina a 0 h de 18/02/2015.
Uma reportagem para você entender e adaptar-se.
Por: Vanessa Lima 28/09/2014
Especialistas explicam como minimizar os efeitos do horário de verão
O horário de verão tem o objetivo de reduzir o consumo de energia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, porém a medida de racionamento ainda diverge opiniões de muitos brasileiros. Para algumas pessoas, a mudança traz quadros de mal-estar, dificuldade para dormir, sonolência diurna, alterações de humor e até mesmo de hábitos alimentares. Já para outros, significa apenas um dia aparentemente mais longo. No próximo dia 18, os brasileiros serão impactados, mais uma vez, com as mudanças decorrentes do novo horário, que implica no adiantamento do relógio em uma hora.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela Agência Brasil, _74% das pessoas entrevistadas aprovam_ o horário de verão e 25% reprovam sua existência. Apenas 1% da população não soube responder a questão. A parcela que se posicionou contra o período usou como argumento as alterações de rotina que afetam diretamente a noite de sono e o metabolismo. No caso dos trabalhadores, acordar uma hora mais cedo pode interferir no seu ritmo de produção, já que a interrupção do sono tende a gerar mau humor, estresse e cansaço ao indivíduo.
A especialista em medicina do sono, Ângela Beatriz Lana, assegura que os efeitos da mudança do relógio biológico podem ser ainda maiores na vida dos brasileiros. Ela revela que quando há uma mudança brusca de horário, o organismo tende a demorar até duas semanas para se reajustar. Esse período de modificações pode levar à insônia e garantir prejuízos às defesas naturais do corpo.
“Qualquer pessoa pode ter uma noite maldormida, ocasionalmente, por um problema no trabalho ou em casa. Porém, madrugadas em claro, cronicamente, trazem ansiedade, problemas de raciocínio, dificuldades de relacionamento e cansaço. Pesquisas mostram que a insônia provoca a queda das defesas do organismo, deixando a pessoa predisposta a doenças. Várias alterações de temperatura corporal e produção hormonal acontecem quando temos que permanecer acordados à noite. Por isso, é comum que alguns brasileiros tenham aversão ao novo ritmo biológico durante o horário de verão,” explica.
Além de provocar alterações no funcionamento metabólico, o horário de verão também atua na área comportamental dos seres humanos. Os médicos destacam que o calor, o cansaço e aumento de tarefas são os três fatores que contribuem diretamente para essas mudanças de conduta. Em decorrência da tarde parecer mais longa, devido ao sol se pôr, por volta das 19 horas, os brasileiros não equilibram a carga horária de serviço com o relógio biológico. Na maioria das vezes, as pessoas estendem os serviços até o anoitecer e vão para cama no horário que estão habituadas. O reflexo dessa rotina é visto nos diagnósticos de estafa e estresse.
Segundo a psicóloga Érika de Moraes Gonçalves, a falta de disciplina é o principal motivo do aumento de fadiga da população nessa época. A especialista avalia que a crítica parte geralmente das pessoas que não se organizam com a chegada do novo horário e descansam por tempo insuficiente. Para evitar que um simples estresse gere conflitos psicológicos, ela aconselha que as oito horas diárias de sono sejam rigorosamente preservadas e o ritmo de trabalho moderado.
“Toda alteração de rotina é considerada incômoda porque ninguém está pronto para mudanças, tudo o que é novo gera impacto. É comum que o comportamento e o humor das pessoas inseridas nesse ambiente que passou por alterações seja afetado, mas existem formas de reverter essa situação. A partir do momento que a pessoa identifica mentalmente que aquela troca pode ser favorável para si, seu lado psicológico consegue amenizar o baque gerado anteriormente. O importante é enxergar benefícios e mudar alguns hábitos para que o corpo se adapte ao horário,” explica Érika Moraes.
Outro grupo de pessoas que sentem as consequências da medida de racionamento são os idosos. Acostumados a seguir um padrão diário de rotinas com horário marcado para remédios, atividades e exercícios, a maioria demora quase um mês para acompanhar o acerto dos ponteiros. Nos primeiros dias, alguns costumam dizer que sofrem insônia, irritação e esquecem de tomar os medicamentos prescritos.
Para adaptar melhor o relógio biológico, o clínico geral Thiago Ribeiro orienta que a terceira idade durma pelo menos dez minutos mais cedo a cada dia nas semanas antecedentes ao horário de verão e evite cafeína em excesso. As recomendações visam reeducar o idoso à nova rotina, a fim de prevenir problemas de saúde como o aumento da pressão arterial e frequência cardíaca.
Apesar dos malefícios, o médico ressalta que uma hora de adiantamento não oferece grandes riscos à saúde. Ele informa que durante o período, o dia pode ser muito mais proveitoso e as pessoas podem usufruir da estação para aliviar o estresse realizando passeios no fim da tarde.
“Temos o horário de verão em apenas um terço do ano, por isso não podemos enxergar a iniciativa como uma ação absolutamente prejudicial. Se as pessoas organizarem suas tarefas, a rotina pode ser produtiva, inclusive, os idosos devem aproveitar essa época para praticar exercícios físicos ao ar livre, apreciar mais o pôr do sol e fazer programas saudáveis”.
Até a próxima.
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